terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Alívio.

Acabou quando eu não o queria mais. Eu queria. De verdade eu queria. E quero. E QUIS DURANTE TODAS AS NOITES EM QUE NÃO CONSEGUI DORMIR. Quero muito. MAIS DO QUE QUALQUER OUTRA COISA. Porque nenhuma pessoa perfeita completa o lugar dele. Ninguém, por melhor que seja, vai ser ele. Eu não o tenho. E as palavras vão sempre me rodear, vão sempre ser presentes, vão estar aqui. Entre nós. E caladas na minha garganta. COMO SEMPRE ESTIVERAM. Como me trouxeram para longe. Eu sei por que parti. Eu sei que meu coração é fraco demais para perdê-lo. Resolvi me perder. Resolvi enlouquecer antes que a dor me inundasse. E ela não me deixou mais dormir. E eu perdi minha razão. E agora, eu pensei que era engano. Eu pensei que não era ele. Que nunca seria. Que qualquer outro poderia ser tão melhor quanto. MAS NÃO É VERDADE. Ninguém pode. Ninguém pode curar, ninguém pode ajudar, ninguém é ele. Isso é muito óbvio, não? Isso é o que sempre me matou. Eu estive errada o tempo todo. Eu sou leviana demais. EU NÃO SEI ACEITAR AS COISAS. NÃO SEI. E não sei aceitar uma vida onde ele não esteja presente. E voltei. E voltei às palavras diretas assim como todas as noites meu pensamento volta às lembranças. Perturbador. São insuportáveis as canções, as lágrimas, as promessas, as negações... A incredulidade. Isso é inaceitavelmente terrível. E eu não quero mais escrever para entender que a saudade vai abrandar, eu não quero mais repetir para mim mesma que o tempo vai curar. EU NÃO QUERO MAIS FUGIR. EU NÃO QUERO MAIS SENTIR ESSA DOR QUE CRESCE E QUE NÃO TEM FUNDAMENTO NEM COMEÇO OU FIM. Isso não é justo. Estragar um amor dessa forma NÃO É JUSTO. Perder vida e sorriso dessa forma não é justo. Perder todos os dias a pessoa que eu mais amo no mundo não é justo! Estar tão perto e a milhares de quilômetros ao mesmo tempo também não é. Mata, dilacera, arruína. Diminui a minha pulsação. Preciso parar. Por aqui. Preciso continuar. Por aí. Porque já chega de vida vazia. Já chega de vida cheia de palavras porque elas me roubam o que deveria ser vivido. Já chega de noites cheias de remorso porque um dia elas vão acabar. E não restará chance alguma. EU O PERDI.

Um comentário:

mente inconstante disse...

Eu também o perdi. Lindas palavras. Saudades daqui. :)