segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Tudo no lugar.

Agora com mais calma, e prestando atenção em cada detalhe eu pude perceber o quanto errei e o quanto esses erros são imperdoáveis. E abrindo meus olhos, eu enxergo o quanto ignorei os fatos que se apresentavam na minha frente. Tudo está ficando claro, parece que eu acabei de acordar de um sonho. E essa realidade que eu vejo me faz tão mal. Porque acordando assim, repentinamente, eu percebo que as coisas boas que estavam acontecendo não eram um sonho. Eram a minha vida, eram as coisas que eu devia ter vivido e aproveitado. E eu as perdi, elas passaram e não há volta. Estou percebendo que tudo que eu sempre desejei se pôs no meu caminho e eu, tão cega e tão alheia à realidade, desviei do que deveria ter acolhido para mim. Acordando agora, estou vendo que fui injusta, que cometi ações desprezíveis. Me sinto no chão, me sinto perdendo até a última gota de felicidade que restava em minha alma. Muita coisa do que fiz de errado, não tem volta. E é por essas que eu vou me lamentar, por essas que eu não me perdôo. E se eu não perdôo, quem vai perdoar? Eu fiz mal a tanta gente. Não enxerguei que elas falavam a verdade, que elas me queriam bem. Uma insegurança maldita fez com que eu duvidasse de tudo e de todos. E porque será que, em nenhum momento, eu me perguntei se aquelas pessoas estavam realmente sendo sinceras? Porque eu não tentei buscar a verdade, porque eu fui tão orgulhosa a ponto de não aceitar que essas pessoas estavam dispostas a me fazer feliz? Eu fui tão negligente, tão burra. Minha vontade de voltar no tempo e mudar isso tudo, é tão grande que chega a doer. E a vontade de reparar os erros e ter de volta o que deixei para trás é inútil. Esperar que a felicidade bata novamente em minha porta é inevitável, mas chance como a que eu perdi nunca mais vou recuperar.

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