terça-feira, 27 de abril de 2010
Essas noites solitárias parecem nunca ter fim. Abraço os travesseiros como se eles tivessem uma parte de você, como se isso fosse suficiente para sanar a dor. Mas parece que nada fará meu coração bater outra vez. Ele insiste em bater apenas por ti. Eu vejo tua imagem por onde vou, tudo ao meu redor carrega uma lembrança tua. Tudo parece fazer parte do que vivemos. E nada foi concreto, não fomos felizes. Talvez por isso seja ainda pior. Por eu imaginar o que teria sido. O sonho que poderíamos ter construído. Em alguns momentos tento me ausentar da culpa, mas isso não me traz nada. E não me lamento. Eu fiz o que esteve ao meu alcance. Sei que errei, mas pensar assim não conserta nada. E você se foi. Deixou esse vazio momentâneo. Essa minha paixão esquecida, essa confusa psicose. Mas vai passar. Eu ainda espero poder olhar para você sem lembrar de nada. Sem sentir essa angústia que hoje me consome. Quem sabe um dia eu possa sorrir ao te ver. Possa encontrar seu olhar sem temer. E dizer que a tempestade se acalmou.
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