segunda-feira, 21 de junho de 2010
Nada sucedió.
Tenho medo de te perder e, inquestionavelmente, essa parece ser a única saída. Eu não quero abrir essa porta agora e deixar para trás tua onipresença. Preciso de você. Preciso do seu incentivo todas as vezes em que as coisas derem errado, do seu apoio quando as incertezas me cercarem, do seu sorriso quando meus objetivos forem alcançados. Acho que todo o resto pode não existir. Acho que posso lidar com a falta de qualquer plano pré-estabelecido. Mas preciso de você se tudo o mais perecer. Preciso ter algo em que acreditar, algo pelo o que querer viver. Não sei se posso viver, agora. Não sei se suportar todo o resto vai ser o bastante. Se ter cada parte do teu ser pode amenizar o vazio. Não era meu desejo que fossem assim, absolutamente. Mas eu te amo, desde quando o sol cruza o horizonte, desde quando surgiu o menor indício de vida no Universo que me cerca. Eu te amo prontamente em cada melodia que chega aos meus ouvidos, em cada palavra abstrata que profiro, com cada batida do meu acelerado coração. Em cada milésimo da minha vida, em cada milímetro da minha pele, surpreendentemente mais a cada dia. Se eu viver mil anos, e apenas uma pessoa puder me acompanhar pelos próximos 983,escolho você. Escolheria você ainda que o Sol se apagasse, ainda que a Terra parasse de girar, ainda que o amor se extinguisse. Acima de qualquer outra resolução. Me parece cruel deixar esse descomunal sentimento à deriva. E mesmo que pareça mais cruel senti-lo, eu não vou te deixar. Talvez em alguma das próximas linhas escritas do meu destino, ele seja separado do seu. E aí, espero sobreviver. Mas eu não prossigo por caminho algum se o preço for minha razão de existir. Não se o preço for você.
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