Eu não sei. Por mim, já não sei. Não tenho esperanças, não tenho forças, não tenho nada. Não sei se algum dia você vai aparecer. E mais? Quero continuar vivendo a minha vida sem pensar nisso. Quero não pensar em você a cada esquina, cada curva, cada respiração. Cada novo dia. Quero me livrar disso que nos liga. Disso que construí e chamei de ligação. Porque não existe nada. Nada a não ser minhas ilusões e meus desejos infantis. É muito simples pra ti. Diga se está bem, se comeu direito, se vestiu o agasalho... se lembra de mim. Diga que logo volta. Não me importa se demorar. Um mês, ou dois, ou doze. Só não suporto o não-saber. Não suporto conviver com a incerteza. Elas não me alimentam, não me embalam na cama, não me confortam. E, talvez, traçar outro daqueles meus planos inócuos seja uma saída. Posso me tornar forte para te deixar de lado. Só não posso mais viver de sonhos. Eu sei, na verdade, que você iria me dizer que sou de outro planeta. Que esse meu modo de enxergar a vida é frustrante. Não me importo, mesmo. Não quero mudar isso agora, e tampouco mudar o que me faz sentir assim. Quero apenas tua presença. Isso vai mudar minha visão embaralhada sobre problemas medíocres. Eu estou aqui, perdida nas horas, tentando não alardear o que meu coração sente. Tentando encaixar palavras que me expliquem o porquê de seguir outro caminho. É um esforço em vão. E não sei se não é a hora. Acho que é tarde. Acho que me desfiz dos meus planos, das minhas esperanças, das minhas raízes, do meu sustento. E tudo isso se transformou em nada. Em algo tão volátil quanto esse ar. Eu não vou mais direcionar minhas palavras à você. Não vou mais encher minha cabeça de paranoias e de dores insuportáveis. Essa vida é estafante. Já me tirou muitos pedacinhos do meu coração. Tente me achar em algum canto da próxima vez. Só não garanto o resultado. Adeus.
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